quinta-feira, 5 de junho de 2008

YES!





Yes!


Finalmente, alguém percebeu que tinha perdido. Aguardávamos há mais de 4 meses por esta decisão. “Yes we Can Change” venceu! Quem acreditou desde a primeira hora, como foi o meu caso, de que era mesmo possível mudar, apresentar algo de novo, reescrever a história da modernidade, assegurar o futuro com a oportunidade do presente, está de parabéns. Pouca influência tem a minha ou outras opiniões no resultado obtido de uma longa caminhada que nos levou do meio do Pacífico ao meio do Atlântico.Contudo, tenho sempre presente que uma opinião de um Europeu é completamente deslocada do universo Norte-Americano. Lá, por muito que nos custe, eles pensam de forma diferente e as prioridades da sociedade onde vivem parecem-nos desconexas e sem sentido. O que é certo é que eles vivem, sem grande margem para dúvidas, melhor do que nós e com mais qualidade de vida. Aquelas comunidades sabem o que é melhor para cada uma delas, mesmo que isso nos deixe perplexos. Para os Norte Americanos pouco lhes interessa se o senhor Zapatero está a “”degolar” a economia peninsular, tal e qual como fez em Portugal, Guterres entre 1995 e 2002. Pouco lhes interessa se os voos da CIA atravessaram o espaço aéreo Português nas suas viagens a Guantanamo ou mesmo aterraram numa ilha no meio do Atlântico. Para eles, tudo isso é acessório. Para nós é a prioridade das prioridades, um pouco a exemplo da liberalização das drogas leves, das casas de chuto, da interrupção voluntária da gravidez, ou do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

E na Europa, tentamos perceber se a vitória de Obama nas primárias dos E.U.A é o “change” dessa mesma cultura das prioridades. Se vamos ver a América do Norte mais europeia e moderna (para os nossos padrões), ou se vamos verificar que tudo aquilo que pensamos e idealizamos como sendo correcto, não tem qualquer tipo de importância para a maior Democracia do Mundo.

Em Novembro veremos, e eu penso que entre o “Yes” e o “No”, votaria “Yes”!

E em Portugal, para quando o “Yes”?



Nota: Qualquer relacionamento entre a imagem publicada e o texto que se seguiu, reside no facto de ilustrar que mesmo com um estádio Novo (we change), o meu Benfica continua igual a si próprio!

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