terça-feira, 24 de junho de 2008

E agora??

E assim se esfuma o sonho do Euro 2008…

Perdemos contra a Alemanha, num jogo onde soubemos atacar, mas não soubemos defender e obrigar um adversário que é tacticamente forte (e inteligente) a jogar como nós deveríamos querer que ele jogasse.

E agora? Vamos falar de quê nos cafés e com os nossos amigos e familiares?

Do desgoverno que governa Portugal e do fantasticamente péssimo primeiro-ministro e “sus muchachos”?

Da incipiente oposição, que parece viver mais preocupada em perder por poucos, do que realmente em cumprir o seu papel constitucionalmente previsto?

De um PSD, que (para grande tristeza minha) permite que se acene novamente com o espectro da recriação do célebre Bloco Central, em vésperas de um novo Congresso?

Do preço dos combustíveis?

Da dependência energética que a Europa tem? E do facto de se estar a investir mais na investigação de melhores combustíveis fosseis (de origem petrolífera) e não em alternativas viáveis que nos “libertem” do “ouro-negro”?

Da constante insegurança que nos rodeia? Dos constantes assaltos, violência (física e psicológica), e da manifesta apatia das forças de segurança?

Não. São tudo coisas que não nos interessam.

Vamos todos falar daquilo que realmente é importante.

As futuras contratações do Benfica e da sua possível providência cautelar sobre as competições europeias.

Da contratação milionária do Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid.

Da ida de João Moutinho para o Chelsea, do Quaresma para o Inter de Milão, do Miguel Veloso para o A. C. Milan, e dos regressos do Caneira, Maniche e Pedro Mendes para o Sporting.

E claro, de quem será o novo seleccionador nacional.
Como bom português que sou, cá vai a minha opinião: contratem um treinador italiano.

Abram os olhos para a realidade que nos rodeia e percebam o que é importante.

O Futuro é Agora. (continua a fazer sentido!)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

YES!





Yes!


Finalmente, alguém percebeu que tinha perdido. Aguardávamos há mais de 4 meses por esta decisão. “Yes we Can Change” venceu! Quem acreditou desde a primeira hora, como foi o meu caso, de que era mesmo possível mudar, apresentar algo de novo, reescrever a história da modernidade, assegurar o futuro com a oportunidade do presente, está de parabéns. Pouca influência tem a minha ou outras opiniões no resultado obtido de uma longa caminhada que nos levou do meio do Pacífico ao meio do Atlântico.Contudo, tenho sempre presente que uma opinião de um Europeu é completamente deslocada do universo Norte-Americano. Lá, por muito que nos custe, eles pensam de forma diferente e as prioridades da sociedade onde vivem parecem-nos desconexas e sem sentido. O que é certo é que eles vivem, sem grande margem para dúvidas, melhor do que nós e com mais qualidade de vida. Aquelas comunidades sabem o que é melhor para cada uma delas, mesmo que isso nos deixe perplexos. Para os Norte Americanos pouco lhes interessa se o senhor Zapatero está a “”degolar” a economia peninsular, tal e qual como fez em Portugal, Guterres entre 1995 e 2002. Pouco lhes interessa se os voos da CIA atravessaram o espaço aéreo Português nas suas viagens a Guantanamo ou mesmo aterraram numa ilha no meio do Atlântico. Para eles, tudo isso é acessório. Para nós é a prioridade das prioridades, um pouco a exemplo da liberalização das drogas leves, das casas de chuto, da interrupção voluntária da gravidez, ou do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

E na Europa, tentamos perceber se a vitória de Obama nas primárias dos E.U.A é o “change” dessa mesma cultura das prioridades. Se vamos ver a América do Norte mais europeia e moderna (para os nossos padrões), ou se vamos verificar que tudo aquilo que pensamos e idealizamos como sendo correcto, não tem qualquer tipo de importância para a maior Democracia do Mundo.

Em Novembro veremos, e eu penso que entre o “Yes” e o “No”, votaria “Yes”!

E em Portugal, para quando o “Yes”?



Nota: Qualquer relacionamento entre a imagem publicada e o texto que se seguiu, reside no facto de ilustrar que mesmo com um estádio Novo (we change), o meu Benfica continua igual a si próprio!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Trilhos...







Trilhos…


De cada pedra pisada, trago comigo as marcas e as mazelas de mais um trilho percorrido. Caminhar é, sem dúvida alguma, o escape saudável e natural que temos.

Caminhar é alternativa! Alternativa aos problemas da sociedade. É um exercício que nos permite poupar e ainda por cima ajuda a libertar os excessos que cometemos no nosso quotidiano.

Como podemos poupar? Reduzindo as despesas ( aqui e em qualquer lado, até no Estado!), não sendo necessária grande indumentária ou um investimento brutal em acessórios.O acto saudável de caminhar permite-nos fazer diferente em relação a outros desportos. Como dizia alguém meu amigo: é um caminho alternativo para obter resultantes semelhantes e ficarmos mais saudáveis, seja no plano físico, mental, económico e até temos o bónus de adquirir mais conhecimento da natureza ou história e histórias que nos envolvem.

Aliás, aprender a caminhar é a fase mais importante das nossas vidas. Em criança é o momento da descoberta do nosso mundo. Ao gatinhar, caminhar e correr pela casa, exploramos o meio em que vivemos e descobrimos coisas novas em todos os lugares. É a primeira fase das opções.

Por isso, cada vez que me meto a caminho, sei que irei visualizar e aprender coisas novas, perceber e entender que somos apenas mais um elemento constituinte da natureza que nos envolve.

Optar por este ou aquele trilho, impor um ritmo mais acelerado ou mais lento, a subir ou a descer, caminhar é, sem sombra para dúvidas um acto saudável e desejável, seja lá porque trilho for, desde que assim se deseje, para mim o importante é caminhar…

Caminhar é uma forma alternativa, como tantas outras nas opções das nossas vidas!

O que é necessário é que se vá por aí!

Que no final, e mesmo com as mazelas de cada pedra pisada, saibamos dizer, ofegantes mas felizes, valeu a pena!

Caminhemos?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Derrotado?

Foto de Augusto Pinheiro





Derrotado!


Aquele quadro, quando alguém o rabiscava a cor preta ou azul tornava o meu ser cada vez mais cabisbaixo. Uma ou outra vez, uma mão rabiscava a cor vermelha, aumentando a esperança de uma mudança que alguém não quis. Aos poucos fui percebendo que não sairia daquela sala sem ser com a palavra derrotado! Contudo, entendo que saí dali com a expressão sentida, mas portador de uma nova esperança. Afinal nem tudo foi assim tão mau! Reencontrei amizades de longa data, renovei a minha atitude participativa, envolvi-me a gosto e com vontade, não fui barata tonta de ninguém e resolvi colocar os pontos nos “iis” em relação à minha ideia sobre os poderes instalados. Lutei para que nem de um lado ou de outro daquela viela (texto anterior meu) os olhares se agudizassem mais. Lutei para que encontrassem o mesmo caminho, que percorressem aquela rua em direcção à tal “luz”.

A questão é saber se valeu a pena, e se a luz ainda lá está.

Vale sempre a pena! Pensamos diferente, queremos diferente e faremos diferente!

O Futuro para nós ainda é Agora, seja lá o que ele seja, mas não tenho dúvida que ele será sempre aquilo que nós quisermos e fizermos por ele!

Acompanham-me?

Será ainda um monstro adormecido?


Há uns anos atrás escrevi um artigo, sobre um certo concelho em que o defini como sendo um monstro adormecido e que lhe bastava acordar para atingir o lugar que é seu por direito, pela legítima aspiração dos seus habitantes.

Hoje retorno ao tema (mas fruto da incapacidade de quem por lá anda e pensa que manda), já não consigo manter essa qualificação, sendo agora um monstro à beira de atingir o coma profundo. Digo isto porque se perdeu tantas oportunidades e possibilidades, deixando e permitindo que outros concelhos as aproveitassem, estando esses já a colher os frutos da sua imaginação e da sua capacidade de se imporem na sempre eterna e justa luta pelos interesses das populações que foram eleitos para servir.

Desde que escrevi esse artigo, já vi a mesma população que tanto critica nos cafés e nas conversas de esquina quem por lá manda, passar por duas vezes cheques em branco à sua gestão. Não percebo, nem tão pouco entendo como é possível criticar e depois sufragar uma candidatura que vai a votos sem propor uma ideia nova, sequer.

Mas o que vai animando, é que essas conversas de café e de esquina, vão crescendo de tom, de intensidade e calmamente, tal como tudo o que tem um principio, mais tarde ou mais cedo o inevitável acontecerá. O seu reinado chegará ao fim.

Resta saber quem é que vai ocupar o trono em vacatura. Se serão aqueles que praticam a mesma doutrina, mas com palavras e atitudes diferentes, ou se será alguém que olhe para esse concelho fantástico com “olhos de gente” e se esforce não por manter o feudo, mas sim por levá-lo rumo a um futuro digno de ser lembrado.

Como diz alguém, o Futuro é Agora!

E o concelho é o meu.