quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mas será que estamos todos doidos??





Esta é uma questão que cada vez coloco a mim mesmo, e dada toda a sequência de acontecimentos que ocorrem a uma velocidade vertiginosa, temo que um dia destes, terei que desenvolver uma psicopatologia qualquer e juntar-me ao grupo dos Portugueses agarrados às “drogas legais”. Fala-se muito da Holanda, mas caso não o saibam somos o país com maior número de utilizadores de psicofármacos da Europa. Dá que pensar não?

Vejamos:

Não conheço ninguém que diga bem deste governo e do seu Primeiro-Ministro, mas no entanto continua à frente nas sondagens.

Penso que ainda não entenderam que os constantes aumentos do preço dos combustíveis, particularmente ao nível do Gasóleo, se traduzem num aumento quase que imediato no custo de vida. Por muito que baixem o IVA e IRC não vão inverter esta situação (sim, o IVA vai descer durante o próximo ano, porque eles querem ganhar as eleições).

Fala-se ainda, da escassez de alimentos, mas as grandes medidas no orçamento por parte do governo são para as novas tecnologias (não que as devêssemos apoiar também!). No dia que alguém vir um computador criar um rabanete, façam o favor de me avisar. Esquecem-se que sem plantar e sem ajudar quem colhe não haverá outra solução! Ou passa-se FOME, ou recorre-se à importação.

Ainda na agricultura (componente profissional da minha vida), assiste-se que os subsídios para as regiões agrícolas no interior, são atribuídos em função da dimensão da Unidades Agrícolas (UA), e não do volume da sua produção, o que em princípio está correcto. No entanto, penso que os apoios deviam ser maiores para as UA com menor dimensão mas com maior qualidade de produção.

Como é que se pretende combater a desumanização das terras do interior quando a politica seguida neste sector as empurra para as terras produtoras de betão?


Fala-se muito do abandono das terras e das respectivas consequências como é o caso dos incêndios, mas, provavelmente não era nada mal pensado voltarmos a dar apoio aos jovens que querem iniciar a sua vida em UAs produtivas e explorações pecuárias assentes em princípios de boas práticas de bem-estar animal, onde exista primazia pelo extensivo com pastos fortes e de boa qualidade.

Já agora, sabiam que um hectare de pasto de leguminosas (ou seja, em grosso modo, não cereais), produz o mesmo oxigénio que um hectare de carvalhos e com a vantagem de não demorar 30 anos para crescer?

E nós, continuamos a debater lideranças…

Penso que Portugal precisa de nós.

1 comentário:

Nuno&Hugo disse...

o meu computador dá rabanetes xD